segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal


Ah, o Natal
O dia do nascimento de Jesus Cristo
Não há dia mais especial
Que o mundo já tenha visto

Este é o dia
Que crianças, pra conseguirem o que desejam
Fazem birra
Que crianças, para terem seus presentes, tudo inventam

Esta é a data
Que os pais, para verem em seus filhos um sorriso
O verdadeiro significado não resgata
E mentem, com a história do Papai Noel e coisas materiais, acham bonito

Esta é a hora
Em que até ateus param
Para celebrar, agora
Para esta hora tudo eles preparam

Ao invés do pão, que venha o peru
Ao invés do vinho, que venha o refrigerante
Ao invés da realidade, que venha algo cru
Ao invés de Cristãos, que venham os errantes

Ao invés de Jesus, que venha o Papai Noel
Ao invés da verdade, que venha a hipocrisia
Ao invés da bondade, que venha algo cruel
E que possamos todos comemorar o Natal, esta data tão mágica, com amor e alegria

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sentimentos


Você não vai conseguir
O máximo que tente
Com isto você quer prosseguir
Já chega disso, não mais invente

Como você quer dar amor
Se não ama a si próprio?
Como você quer dar louvor
Se não louva a si próprio?

Certas coisas não se criam, imagina
Não dá pra dar sem ter um pouco pra si
Se você quer dar alegria
Tente alegrar-se consigo, foi assim que aprendi

Tentei dar amor, carinho e paixão
Mas não consegui
Descobri que o único jeito é tendo isso no coração
Então eu desisti

domingo, 20 de dezembro de 2009

Eu?


O que sou? O que eu penso sobre mim?
Me fizeram essa pergunta
E minha boca ficou assim
Totalmente muda

Parei um pouco pra pensar
Tentar achar uma resposta pra questão
Em minha mente comecei a viajar
Buscando alguma conclusão

Às vezes eu quero viver
Às vezes eu estou contente
Tem vez que quero morrer
Tem vez que estou descontente

Na luz tentei conquistar uma resposta
Mas falhei
Na escuridão tentei conquistar uma resposta
Até nela não achei

Me fizeram essa pergunta
E minha boca ficou assim
Totalmente muda
O que penso sobre mim?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boa Noite


Pobre criança, pare de chorar
O dia já está acabando
Não é hora de se lamentar
Nosso fim já está chegando

Consegue avistar aquele moço de preto?
É a Morte vindo nos buscar
Veio de seu submundo negro
Só para nos confortar

Com sua foice ele faz todo o serviço
Precisamos apenas aguardar
Ele dará um sumiço
Nesta dor que no peito estamos a carregar

Ao anoitecer ele já estará aqui
Irá nos consolar
Tirando-nos daqui
Desta vida que não tem nada a acrescentar

O sol se pôs
Ele chegou, com sua arma mais impiedosa que açoite
E num único movimento matou-nos
Proferindo, com sua voz demoníaca: boa noite

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tempo


A hora está chegando, sim
O tempo está se encurtando, enfim
À meia-noite vai acontecer
Já está tudo certo
À isso eu espero
Ela vem, você vai ver

Nesses poucos segundos
Míseros minutos
A fantasia está à prevalecer
Um mundo fantástico
Onde tudo é mágico
Tudo posso eu fazer

Por um momento eu me desligo
Deste mundo tão ridículo
Desta vida desgraçada
No meu universo tudo é trevas
Para ver acendo velas
Esta ilusão de beleza inimaginada

Ouço o sino soar
E a fantasia devo desmanchar
Para retornar ao mundo real
A hora chegou
Outro dia começou
E a morte, outra vez, se fez leal

Desejo Mortífero


Deitado sob os lençóis, em meu quarto me encontro
A janela chacoalha com a ventania
Logo a mesma se abre deixando o ar gélido penetrar tal cômodo
Trazendo consigo as folhas secas do Outono, secas e frias

Ao som das corujas meus olhos eu fecho
E à vida aguardo perecer
E esta agonia logo eu deixo
Para que na escuridão eu possa viver

O som de passos pesados é produzido em minha mente
Junto ao choro de uma triste criança
O medo começa a me amarrar, como uma corrente
Unido à tristeza por uma aliança

Meus desejos e sonhos são tomados
E eu não sei mais o que fazer
Só quero que meu coração seja roubado
Para que a morte possa, em seus braços, me acolher

Aquela Noite


Você, menina dos olhos azulados
Tão límpidos quanto as águas que banham o mar
Teus braços que me prendem como se estivesse acorrentado
Teus lábios que, quando se abrem, só me fazem desejar

Sua pele tão branca quanto a neve
Fazem de sua face um inverno de amor
E com gestos peço que me leve
Para onde eu possa sentir o seu calor

Divido agora uma garrafa de vinho
Contigo nesta noite tão deslumbrante
Um dos momentos que jamais havia tido
Era ser de ti um amante

O sol agora começa a surgir
E a tristeza em meu coração entrar
Pois agora temos de nos despedir
Mas tenho a esperança em que outra noite irá chegar