segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Amor Agonizante


Tu és a chama da minha esperança,
O amor que em mim nunca descansa;
Tu és a mulher idealizada pelo poeta carente,
O calor que mantém as trevas mais quentes.

Oh! Amada intangível,
Como pode, amá-la ser tão horrível?
És bela como um botão de rosa na Primavera,
Porém sofro por não passar de uma singela quimera.

Sonho com um dia que não existe,
Com o dia em que em meus braços tu caíste;
Sonho com um dia que nunca passaste,
Com o dia em que meus lábios tu beijaste.

A mente do poeta iludido,
A vida do poeta esquecido
Dedicada ao fruto de uma paixão volátil;
Devaneios que tornam o coração pulsátil.

Meu peito que respira por ti,
Meu coração que pulsa por ti,
Minha vida que vive por ti,
E, se preciso, que morrerá por ti.

Daria minha alma para te ter ao meu lado,
Loucuras cometidas pelo poeta apaixonado;
Mas só a alma não seria o bastante,
Por isso te amar é tão agonizante.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Consciência


Ah! Como minha cabeça arde!
Em minha mente queima o fogo do Inferno,
Oh! Como as chamas que outrora tornaram matéria impura em pó!
Chamas destrutivas que incendeiam tudo aquilo que é belo e eterno.

Minha sanidade fora corrompida,
Meus olhos não são mais lúcidos;
Sou encurralado por trevas e tortura,
Monstros criados através de sonhos imundos.

Ao meu redor, terror,
O criador com medo de suas próprias criaturas;
Imagens estas que me assombram ao selar dos olhos,
Deixo que o pesadelo se torne realidade pura.

Oh! Meu Senhor,
O que fiz para merecer
O fardo de minha consciência
A profanar contra meu ser?

Pois lhe prometo!
Que se meus pesadelos vivem ao meu redor,
Prometo jogar-me ao Inferno,
E entre as chamas tornar-me-ei pó!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ela


"Sinto-a tão perto, quem dera fosse,
Só aqui me encontro, distante dela;
Meu sonho surreal e doce,
Em meus devaneios a vejo, como és bela!

Em meu leito, aumento o desejo insaciável,
Está tão quieto aqui, quase a ouço sussurrar em meu ouvido;
Puro fruto de minha imaginação volátil,
Sob esta floresta de ciprestes permaneço esquecido.

Se tu'alma não tem a mim como anseio,
Jamais conseguirei me libertar desta enxovia;
Restando a mim o dilúvio da dor,
Sofro por toda esta eternidade sombria.

Depois de todo martírio, venho a expirar,
Sob uma lousa para sempre descansarei;
Ciente de que nenhuma ciência irá me curar,
Em espírito, meu amor, te esperarei."

Créditos: Gustavo Roche & Eric Bonfim.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vampira


O Sol cai aos mares,
O crepúsculo que traz as trevas;
A vida e seus amores,
E nós seus poetas.

Amantes por natureza,
Amor eterno;
Sua face, sua beleza,
Branca como o inverno.

Ela chega com a escuridão,
E parte com ela;
De dia aflição,
De noite a vejo pela janela.

Queria que ela ficasse sabendo,
O quão grande por ela é minha paixão;
Com seu vestido branco, tão graciosa contra o vento,
Dança com os pés descalços, tem minha admiração.

A música soa em sua mente,
E o show em seus passos;
Só de olhar, não estou mais consciente,
Deliraria eu aos seus braços.

Não posso nem tocá-la,
Drama de novela;
Aos meus pecados fico a imaginá-la,
Meu coração é todo dela.

Minha vida sem calor,
Minha vida de fantasia;
Como o fogo por ela é meu amor,
Mas contento-me com esta poesia.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sociedade


Ah! Como odeio!
Odeio ter de viver com estes errantes!
Sim! Sim, odeio!
Odeio ter de assistir a sociedade predominante!

Ah! Quem dera tivesse eu a sorte,
De nascer cem anos antes;
Quando as pessoas se valorizavam,
E de todos não eram amantes.

Desprezo a sociedade de agora,
Tão ridícula! Tão alienada!
Vivem o que a mídia fala,
Deixam suas vidas serem controladas!

Ideias como roubo e adultério são incentivadas,
Fazem apologia a cada asco!
Festas como o Carnaval são tidas como cultura,
Um evento tão medíocre quanto escasso!

A música é uma grande influência,
Na mente desta sociedade fraca;
Letras que fazem de um ladrão um herói,
De fato, uma verdadeira caca.

Invejo aqueles que já se foram,
Que a morte lhes poupou isto;
Poupou-lhes da desgraça que assola o mundo,
Coisa que nunca se foi visto.

Estudiosos, hoje, são raros,
E quem é intelectual até é caçoado;
Sentimentos, hoje, não são mais verdadeiros,
Até o amor já é banalizado.

Prezo por aqueles que, como eu,
Não são manipulados;
Mas que vivam suas vidas com intensidade,
E que, da sociedade repudiante, não são aliados.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Meu Nome É...


Olá, você não me conhece,
Porém eu te conheço;
Deve estar se perguntando o que aqui acontece,
Pois lhe digo: para tudo há seu preço.

Acompanhei toda sua vida,
Desde seu nascimento;
Esqueça, agora não há saída,
Logo começará teu sofrimento.

Tu viveste tua vida errada,
Porém o tempo não pode voltar;
Tua história já foste narrada,
E de teu destino não poderá se livrar.

Desde pequeno traçou seu próprio caminho,
E assim se tem feito, até agora;
Agora estás totalmente sozinho,
Pronto para ir embora.

O que era para ser feito, foi feito,
Dando liberdade para eu agir;
De sua alma perdeste o direito,
Agora é hora de se despedir.

Pecador, agora é hora de embarcar,
Para o Inferno compraste teu passaporte;
Ah! Antes que me esqueça, irei me apresentar,
Prazer, meu nome é Morte.

terça-feira, 30 de março de 2010

Rainha do Meu Coração


Ah! Como és bela;
Como tu és formosa,
Mulher! Aquela
Que é toda poderosa.

Nesta hora especial,
Estás sobre mim;
Nesta noite monumental,
A ti me entrego, sim.

Fora presenteada com lindos seios,
Que lhe proporcionam graciosos bustos;
Proteja-me em teu leito,
E deixa-me deleitar sem custos.

Antes que a magia comece,
Fecho meus olhos, respiro fundo;
E neste momento que jamais se encerre,
O amor inicia, apago-me do mundo.

Orgulho-me em dizer que sou teu,
Que a você estou rendido;
Pois, do mesmo jeito, teu corpo é meu,
E nossos espíritos estão unidos.

Tu és, toda poderosa, deusa dos mares,
De toda a imensidão;
Tu és a deusa dos ares,
Rainha do meu coração.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fim


O fim está perto
Pranteio minhas últimas lágrimas
Nesta pequena poesia
Só de uma coisa estou certo
Não posso mais virar as páginas
Estou carente de energia
O que sinto não desejo a ninguém
Mas se sentirem o que sinto
Torço para não ter
O meu mesmo lamentável fim
Se disser que estou feliz, minto
Pois não é como está meu ser
Mas da vida me livro, enfim
Fico feliz por não mais sofrer
Por mim eu não zelo
Mas por aquela que amei
Que aos sentimentos me fez ceder
E a Deus eu apelo
Peço que a faça alguém que nunca fui, ou serei

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Minha Amada


Não sei o que está acontecendo comigo
Sua imagem não sai da minha cabeça
É como se em minha mente estivesse contido
Todo seu esplendor, sua beleza

Seus lábios convidativos
Proporcionam-me um sorriso resplandecente
Fazem-me ser seu cativo
Algo tão lindo que pode me deixar inconsciente

Mademoiselle, tu és tão bela
Com este teu modo sedutor
Faz-me querer-te mais e mais, minha donzela
Ah! Como estou viciado em teu amor

Deixe-me novamente tocá-la
Deixe-me aproveitar só mais esta vez
Venha, minha amada
Coloque-me neste estado de morbidez

Oh! Minha amada
Em ti eu só tenho pensado
Cai na sua cilada
Agora estou apaixonado

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nem a Morte


Alguém me ajude, por favor
Não quero mais sentir essa dor
O que sinto na escuridão
É a completa solidão

Todos se afastaram
Eles me menosprezaram

Ninguém mais quer minha presença
É como se tivessem tido uma desfavorável sentença
Não sou mais um agrado
À viver meus pesadelos, fui amaldiçoado

Todos se afastaram
Eles me menosprezaram

Tentei ter amizade
Não fui aceito na sociedade
Tentei ser amado
Hoje sou odiado

Todos se afastaram
Eles me menosprezaram

Não há nada que se possa fazer
Meu desejo é desaparecer
Deste mundo miserável
Desta vida insuportável

De todos fui afastado
Nem a morte me aceitou como legado