
Ah! Como odeio!
Odeio ter de viver com estes errantes!
Sim! Sim, odeio!
Odeio ter de assistir a sociedade predominante!
Ah! Quem dera tivesse eu a sorte,
De nascer cem anos antes;
Quando as pessoas se valorizavam,
E de todos não eram amantes.
Desprezo a sociedade de agora,
Tão ridícula! Tão alienada!
Vivem o que a mídia fala,
Deixam suas vidas serem controladas!
Ideias como roubo e adultério são incentivadas,
Fazem apologia a cada asco!
Festas como o Carnaval são tidas como cultura,
Um evento tão medíocre quanto escasso!
A música é uma grande influência,
Na mente desta sociedade fraca;
Letras que fazem de um ladrão um herói,
De fato, uma verdadeira caca.
Invejo aqueles que já se foram,
Que a morte lhes poupou isto;
Poupou-lhes da desgraça que assola o mundo,
Coisa que nunca se foi visto.
Estudiosos, hoje, são raros,
E quem é intelectual até é caçoado;
Sentimentos, hoje, não são mais verdadeiros,
Até o amor já é banalizado.
Prezo por aqueles que, como eu,
Não são manipulados;
Mas que vivam suas vidas com intensidade,
E que, da sociedade repudiante, não são aliados.
