sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ela


"Sinto-a tão perto, quem dera fosse,
Só aqui me encontro, distante dela;
Meu sonho surreal e doce,
Em meus devaneios a vejo, como és bela!

Em meu leito, aumento o desejo insaciável,
Está tão quieto aqui, quase a ouço sussurrar em meu ouvido;
Puro fruto de minha imaginação volátil,
Sob esta floresta de ciprestes permaneço esquecido.

Se tu'alma não tem a mim como anseio,
Jamais conseguirei me libertar desta enxovia;
Restando a mim o dilúvio da dor,
Sofro por toda esta eternidade sombria.

Depois de todo martírio, venho a expirar,
Sob uma lousa para sempre descansarei;
Ciente de que nenhuma ciência irá me curar,
Em espírito, meu amor, te esperarei."

Créditos: Gustavo Roche & Eric Bonfim.