quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Soneto da Saudade

Começa num toque singelo,
Na minh'alma sinto seu calor;
Divago ao imaginar o gosto do seu amor,
Quimera e realidade entram em duelo.

Nestas memórias estou abrangido,
Ao cintilar destes olhos exauridos ─ sonho acordado
Na fria noite jaz o poeta apaixonado,
Também tão frio como cadáver esquecido.

Amo-te tanto quanto ama a lua
Sua luz e estrelas na vasta casa sua,
Na esperança d'um vivo romance tenho apego.

Memórias do que nunca aconteceu,
Saudades do que jamais lhe pertenceu,
E o amor se afoga em desespero.