terça-feira, 20 de setembro de 2011

Amaranto

Calor veemente penetra meu âmago,
Lume impetuoso, nem águas extinguem;
Reluz como o relâmpago,
Em meu coração as trevas diminuem.

Mulher que me domastes,
Como Van Gogh és insana,
Não percebes a ameaça que auferistes?
És brava – ou estúpida – como romana.

Bela, lúcida e amável,
Em ti não vejo sequer um defeito;
Imortalizada e intocável,
O amaranto de meu peito.

Minha verdade sobre ti derramo,
Escondei minhas vergonhas em teu seio;
Te odeio porque te amo,
E te amo porque te odeio.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Perdão

"Amigos, irmãos e colegas,
Não sabes vocês que escrevo
Só quando um sentimento me apega?

E se agora o que me tens apanhado
São somente o frígido e o gelado?
Tenho agora o receio que em meu coração
Não seja mais bem vindo o calor da emoção.

Perdoem-me então, meus amigos,
Colegas e irmãos do peito,
Se não posso mais acompanhá-los
Nessa aventura de ter um sentimento.

Nada posso fazer se a distância
Me roubou toda a alegria;
Deixou tão somente em meu coração
O vazio de quem sofre a sociopatia.

O poeta que antes em mim vivia,
Está a falecer de sede e fome;
Fatalidade, esta importunada,
Com ela meu espírito some.

Então peço-vos vosso perdão,
Meus irmãos, colegas e amigos,
Se em suas almas eu tenha trago tal decepção,
Mas se lembrem, por favor, de nossos tempos vividos."

Primeira poesia que escrevo dedicada a alguém. Eric Bonfim, te deixei na mão e peço teu perdão. Sei o quanto significava para você ter um parceiro poeta e você sabe o quanto eu me esforçarei para tentar voltar à ativa. Eu te amo, meu irmão.

domingo, 31 de julho de 2011

Eu te amo


Teu rosto é o mais belo,
Tua roupa, a mais fina;
Teu sorriso é singelo,
Teu olhar ilumina.

Tu tens um coração puro,
Ages de forma honrosa;
Teu passar é seguro,
Teu aroma é mais doce que o d'uma rosa.

Se for preciso fazer algo para te ver feliz, farei;
Ao ouvir teu tom superior, no ato eu gamo.
E sempre que eu te encontrar, fronte ao espelho, direi:
Pode ter certeza, eu te amo!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Nosso Lar


Atrás destes portões de aço,
Uma vida de fortuna e prazer lhe espera;
Atrás dos portões, onde para todos há espaço,
Venha, esta não é uma quimera.

Estenda suas mãos, junte-se a nós,
E viva uma vida abundante e satisfatória;
Ouça, o prazer solta sua voz,
Venha, viva a sua glória.

Portões de aço que guardam a nossa casa,
Portões de aço que te prendem neste mundo;
Agora que está dentro, queimar-te-ei na brasa,
Agora que está dentro, viverá com seres imundos.

Na nossa casa só há discórdia, dor e sofrimento,
Humanos, demônios, contaminados;
Almejamos sua vida desde seu nascimento,
Seja bem-vindo ao lar dos condenados.